Spain Spain Spain Spain Spain Spain Spain Spain Spain Spain Spain Spain Spain

sábado, 13 de abril de 2013

Resident Evil: Revelations Unveiled Edition

    Um resgate do terror em alta definição

     Quando uma exclusividade passa para um caráter temporário, é natural que os jogadores, no caso aqui os nintendistas, torçam um pouquinho o nariz. Isso porque Resident Evil: Revelations, lançado com o maior hype para o 3DS, perdeu esse caráter exclusivo ao console de bolso da Nintendo. Mas não há motivos para chiar.
      Os adeptos de qualquer marca poderão jogar o game em uma versão remodelada especialmente para os consoles de mesa a partir de 23 de maio, data oficial de lançamento no Brasil. Para sanar um pouco a ansiedade até lá, nós já botamos as mãos nessa iguaria. E o tempero é dos bons.


Gráficos, pra que te quero


    A primeira constatação óbvia é a melhoria estética. Não há apenas uma escala naturalmente elevada, mas também correções de texturas, blocos lavados e outros probleminhas na relação luz/sombra da versão portátil do game. Apesar do 3DS ter recebido um belíssimo jogo, a limitação do hardware falou mais alto em alguns momentos.
     Os consoles de mesa aguentam o tranco sem qualquer gargalo, tecnicamente falando. Alguns elementos, no entanto, foram importados diretamente do portátil, por exemplo, extintores na parede e outros mais discretos. Nada que ofusque o brilho da nova experiência.
     Por mais que seja uma conversão, os gráficos estão avassaladores. Isso é natural pela disparidade dos hardwares. Essa versão de Resident Evil: Revelations pode facilmente ser equiparada a Resident Evil 5 ou 6. Até mesmo os mais puritanos ficarão surpresos com o garboso conjunto geral. Não se trata apenas de uma “versão em HD”; é um trabalho inteiramente redesenhado.

Img_normal


Melhor fluidez
    Esse talvez seja o maior diferencial da versão em tamanho G de Resident Evil: Revelations. A jogabilidade, que demonstrou muita competência no 3DS, está ainda melhor. É notável o trabalho da Capcom nesse quesito; parece que a equipe o priorizou no cronograma de desenvolvimento.
     Jill se movimenta com uma naturalidade de dar inveja aos proprietários do console de bolso da Big N. Agora, a fluidez está muito mais natural, leve e cadenciada, fator impulsionado pela folga de hardware que os consoles de mesa oferecem. Parece que o time de desenvolvimento ficou “à vontade” e talvez tenha sido exatamente isso que imprimiu um ar simplista, porém eficiente, ao game. É como se a ideia do projeto para os aparelhos domésticos existisse desde o princípio e tenha apenas saído do papel.
     Por tabela, a física se mostra bem fluida. As tripas estão mais esvoaçantes do que nunca – as capacitações técnicas adicionais de hardware mostram detalhes antes imperceptíveis no portátil. A câmera sobre os ombros, angulação, projeção do personagem e os elementos de interação estão todos ali, alocados da mesma forma, mas com um grau de programação refinado.

Img_normal


Andar e atirar é só começar
    Essa foi uma pedra no sapato no jogo para o 3DS. Em função da disposição dos botões, enxutos pela natureza de um console portátil, controlar Jill em momentos cruciais da ação poderia se transformar numa tarefa hercúlea.
    Ao andar e atirar, por exemplo, o jogador não detinha total controle sobre a personagem; era preciso travar a mira enquanto andava para poder realizar as duas ações simultaneamente. Ou seja, nada de maleabilidade para tentar atingir a perna dos bichanos em meio à ação. Pelo menos não do jeito mais confortável.
     Esse foi um elemento-chave sanado na versão para os consoles domésticos. Agora, com o conforto de dois analógicos grandes à disposição, o sistema de mira foi ajustado para ficar mais flexível, igualando-se àquilo que vemos em Resident Evil 5 e 6. É praticamente o mesmo esquema de movimentação.

Sai a mira a laser, entra o crosshair
    Por falar em mira, ela foi sutilmente alterada. Aqui, a mira a laser, oriunda de um já longínquo Resident Evil 4, foi substituída por um crosshair tradicional em todos os modos do jogo. Vale ressaltar que a versão de 3DS conta com a mira a laser.
     Alguns podem espernear com a mudança, mas a verdade é que ela cai como luva também. Parece até que ficou melhor, na verdade. Dá um ritmo interessante aos momentos de tiroteio e assegura a precisão necessária. Pode parecer sutil, mas a diferença é sentida depois de algum tempo de jogatina.

Img_normal


Conteúdo adicional
    A própria Capcom já confirmou, em caráter oficial, que a versão para consoles domésticos de Resident Evil: Revelations ganhará conteúdo adicional por download. Haverá inclusive um Season Pass para quem quiser abocanhar todos os extras numa tacada só.
    Dentre os itens exclusivos, há armas e personagens destraváveis no RAID Mode, modo em que é possível jogar cooperativamente online ou offline contra hordas de inimigos que aumentam progressivamente. A personagem Rachel será uma das aparições exclusivas da versão para os consoles de mesa. O conteúdo adicional deve ser disponibilizado pouco tempo após o lançamento do game.

Dificuldade infernal exclusiva
    A cereja no bolo fica por conta de um modo de dificuldade, digamos, “insano” na campanha principal. Ao iniciar um novo jogo, são apresentados os níveis de dificuldade “fácil”, “normal” e o inédito “infernal”.
    Esse modo, inexistente no jogo para o 3DS, não se trata de um mero aumento na dificuldade do jogo. É comum nos games atuais que as dificuldades sejam distinguidas tão-somente pela barra de energia. Em outras palavras, na maioria dos casos tudo se resume a levar um golpe no modo mais fácil e a energia diminuir só um pouco, ao passo que, na dificuldade aumentada, você perde mais energia levando o mesmo ataque.
     Essa versão de Resident Evil: Revelations não se prende a tal premissa. Ao escolher o modo Infernal, a campanha é a mesma, mas os elementos dispostos no cenário ficam em locais diferentes, o número de inimigos aumenta e até mesmo a munição tem outro layout. É um sistema que prima pela inteligência de sentidos, em que seus instintos dirão se vale a pena enfrentar uma horda ou se esforçar para escapar dela e poupar munição.

Img_normal


Trabalho localizado
    Um dos rumores iniciais quando a versão para consoles domésticos foi anunciada girou em torno da localização do game para o nosso idioma. Eis a boa notícia: menus e legendagem totalmente em português! E do Brasil, vale enaltecer, não de Portugal.
    Conforme mencionado, o trabalho não se restringe apenas às legendas. Todos os menus e elementos da interface foram traduzidos. A única coisa que você não verá, ou melhor, escutará em português será a dublagem. Fora isso, todo o restante está no idioma tupiniquim.
    O trabalho é primoroso. Por mais que o inglês seja um idioma universal e manjado, nada como o conforto de assistir a cutscenes legendadas na nossa língua nativa. A versão testada não apresentou quaisquer erros de português e resgatou dialetos e regionalismos para que a leitura ficasse com um aspecto natural a nós, sem expressões literais ou superficiais.

Terror resgatado
     Não é segredo para ninguém que Resident Evil é catedrático no gênero ao qual pertence, o Survival Horror. Uma das competências de Revelations é justamente resgatar essa essência, que se desvirtuou um pouco desde Resident Evil 4.
     Os novos rumos que a franquia tomou primam pela ação em detrimento do suspense. O terror de outrora não foi necessariamente perdido, mas talvez por uma questão comercial para atingir novas audiências, virou coadjuvante.

Img_normal


Vale a pena?
    A versão para os consoles entrega uma experiência ainda mais sombria do que aquela do portátil da Nintendo. Toda a atmosfera sórdida é transportada com maestria em 1080 linhas cheias de sustos e entranhas, que fazem o game valer cada segundo investido.
     Os que ainda não jogaram no portátil terão uma chance de ouro na mão. Os que já curtiram o game no 3DS terão a oportunidade de vivenciar novas experiências. Seja você cardíaco ou não, vale a pena ver, ou melhor, jogar de novo.
     Resident Evil: Revelations será lançado no Brasil para PS3, Xbox 360 e PC no dia 23 de maio. O Wii U também receberá o game, mas a data de lançamento da versão para o console da Nintendo ainda não está confirmada.

Um comentário:

  1. Que bom,e é melhor aproveitarem,pois os novos jogos de resident evil,parecem mais um call of duty,pois de survival horror acabou faz tempo!Fico na torcida,para que um dia Resident evil volte para suas raízes..

    ResponderExcluir